sexta-feira, 13 de junho de 2014

Alone



Hoje foi um daqueles dias. Um dia promissor em que nada deveria acontecer mas pequenas coisas talvez surgissem. Eu escrevi um texto que deveria ter postado mais cedo mas mudei de idéia agora. Tudo na vida é efêmero, algumas coisas mais que as outras. Eu vejo todas essas interações sociais e eu não pertenço aos lugares. Sempre carreguei minha carga sozinha. Aos ventos meus prantos, mas nunca a outra vida. Aprendi desde cedo que desabafar não era sinonimo de melhora, pois todos são passíveis de não se importar. Então eu guardo tudo no âmago de mim, e entendo que a solidão as vezes forma uma armadura que fere tanto o alvo quanto a quem protege. Ás vezes alguém aparece e se oferece pra me ajudar a levar o peso da mochila, mas logo percebo que sou eu no final que leva os pesos meus e alheios. Eu vejo falta de comunicação sendo jogada como falta de respeito, como uma atitude agressiva de todos os lados, de todas as pessoas ao meu redor. Já mandei pessoas queridas irem pro inferno no minimo umas 5 vezes hoje, mas não foi de coração, foi o espelhar da atitude. No momento, estou lendo uma biografia do Stephen King onde ele diz que o melhor remédio pra se rebater a agressividade é a gentileza, e se você um dia for tratado com agressividade e mesmo assim se utilizar dela como degrau a ser subido, você deveria sentir vergonha(ele não disse exatamente isso, somente a parte de gentileza >>>>>> agressividade).

E assim eu fiz dezenas de comentários, conversas, criei amigos novos, incitei discussões e brigas, somente na minha cabeça. Quando chego ao facebook de fato, já tive todas as situações possíveis na minha mente, e fico cansada demais de existir até ali. E eu vou sumindo com certeza, evanescendo mesmo debaixo do meu próprio teto. Não é como se eu fosse fazer alguma falta além de oferecer a mão para erguer o peso que esmaga o próximo.

É, to meio melancólica/agressiva hoje, é aura de sexta-feira 13. Mas tá tudo bem agora, espero. Vou escrever o meu poema preferido do Edgar Allan Poe, não só preferido dele, mas acho que da vida. Nele eu encontro companhia, e se você sente o mesmo que eu ás vezes, talvez encontre um amigo nesse poema também.

"Alone"
Edgar Allan Poe


From childhood's hour I have not been
As others were - I have not seen
As others saw - I could not bring
My passions from a commom spring.
From the same source I have not taken
My sorrow; I could not awaken
My heart to joy at the same tone;
And all I lov'd - I lov'd alone.

Then - in my childhood - in the dawn
Of a most stormy life - was drawn
From ev'ry depth of good and ill
The mystery which binds me still:
From the torrent, or the fountain,
From the red cliff of the mountain,
From the sun that 'round me roll'd 
In its autumn tint of gold -
From the lightning in the sky
As it pass'd me flying by -
From the thunder and the storm,
And cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.

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